terça-feira, 27 de maio de 2014

COMO SABER SE O PACIENTE TRAUMATIZADO ESTÁ COM HEMORRAGIA ATIVA?

É comum receber pacientes após atropelamentos ou outras condições classificadas como  politraumatismo. O primordial  é que o colega possa ter em mente que está diante de um quadro de  hemorragia interna, até que prove o contrário. Diferente da clínica médica, na qual priorizamos a confirmação do diagnóstico com provas laboratoriais para instituir a terapia, em medicina de Urgência deve-se admitir que alguma condição está presente até que se prove o contrário! Sendo assim, é desejável que o emergencista assuma que o seu paciente politraumatizado ESTÁ com hemorragia interna e imediatamente institua a terapia adequada. Só após um período de observação será possível descartar tal condição! É bom  lembrar que na maioria das vezes o cenário clínico da abordagem de uma urgência: a) inviabiliza a realização de exames laboratoriais e de imagem por falra de uma equipe numerosa suficiente; b) muitas vezes pode ser contra-indicado tais procedimentos devido o nível de manipulação que pode submeter um animal   em estado crítico; c) a demora em confirmar o distúrbio pode ser fatal; d) as repercussões de se instituir a terapia precocemente e as chances  de diminuir a morbidade em casos de urgência justificam medidas que possam ter sido consideradas desnecessárias.

Algumas formas de pensar importantes:

A) Considerar os politraumatizados portadores de condições que ameaçam a  vida: hemorragia interna, contusão pulmonar em casos de trauma de tórax, edema cerebral em traumas na cabeça e lacerações de vísceras em traumas abdominais.
B) Assumir que qualquer paciente dispnéico , seja qual for a causa, está em hipóxia.
C) Assumir que pacientes portadores de obstrução uretral estão em acidose e hipercalemia.
D) Assumir que qualquer animal intoxicado possui lesões renais agudas.

Abraço a todos!!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Palestra de Emergências Clínico-Cirúrgicas na Primeira CIPEV da FATENE!! Muito bom! 
Abordei inicialmente as diferenças entre os atendimentos clínicos convencionais e a abordagem de Urgência.
"O que fazer primeiro" em cada situação?
"Como fazer uma lista de prioridades na recepção do paciente crítico?"
Esses são meus assuntos preferidos.
Minha palestra foi a última e todo mundo se envolveu, participando do assunto! Sou grato por isso! Espero estar novamente no próximo ano! Quero falar de Emergências específicas. Valeu!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O QUE DISTINGUE A URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DE UM ATENDIMENTO
CLÍNICO?

O objetivo principal dessas postagens é educativo em relação aos proprietários e demais colegas
que desejam compreender as diretrizes básicas que levam o plantonista atuar de forma tão distinta
Basicamente o que distingue o atendimento de urgências e emergências (U/E) é o método de exame físico, o questionário, a lista de prioridades e uma conduta baseada em metas.

É muito frequente que o colega que não tem familiaridade com o tema, ou até o proprietário, chegue ao
plantão em busca de exames radiográficos para um paciente com suspeita de hemorragia ativa, dor escruciante, feridas contaminadas e traumas em órgãos internos, condições potencialmente letais ou que 
comprometem significativamente a qualidade de vida do politraumatizado. Frente a essas condições o 
veterinário deve se questionar se uma fratura em um membro constitui uma prioridade em relação, por exemplo, a uma hemorragia interna ativa, cuja identificação é muitas vezes menos desafiadora do que letal...

Muitas perguntas devem ser respondidas, como:
O que fazer primeiro?
O que é mais importante?
O que fazer depois de finalizada cada etapa da abordagem?
Que parâmetros nortearão a instituição da terapia?

Pode-se chegar ao seguinte questionamento: em U/E se faz clínica ou Terapia Intensiva (TI) ?
Talvez a TI forneça as diretrizes mais adequadas ao Emergencista...Acredito nessa
teoria, embora saiba que aqueles que possuem opiniões contrárias tenham argumentos relevantes.

Outra situação frequente acontece em casos de insuficiência respiratória...a primeira atitude sempre deve ser direcionada a fornecer oxigênio independentemente de qualquer coisa...jamais ser levado pela boa intenção de alguns proprietários de fazer radiografias ou endoscopias de imediato...a manipulação de pacientes em mesas de radiografia pode ser fatal...

Tenhamos sempre essas reflexões em mente! 
Abraço a todos!


sábado, 26 de janeiro de 2013

A primeira  coisa que se deve refletir na minha área de atuação e que tenho prazer em discutir com os colegas é a diferença entre Emergência e Urgência, pois é através desses dois  conceitos que passamos a saber também aquilo que não é nem um, nem outro!
A maioria das definições que encontro terminam por complicar mais ainda ou simplesmente não esclarecem o suficiente as distinções entre os termos para que o plantonista possa diferenciar as categorias de agravo com uma finalidade específica de padronizar uma conduta.]
Uma das melhores definições que já
encontrei serviu também para definir
inclusive a equipe e o material necessário
a compor uma unidade de pronto atendimento.

Tal definição foi feita através da RESOLUÇÃO  1451/95 editada pelo Conselho Federal  de Medicina.
Define-se por URGÊNCIA a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata. Enquanto EMERGÊNCIA seria a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo portanto, tratamento médico imediato.
Portanto, a diferença básica entre uma situação e outra é que uma se trata da ocorrência do agravo em si, enquanto a outra pode se tratar apenas de uma constatação de uma alteração que cursa em um caso já estabelecido. Os conceitos não diferenciam graus de importância ou de necessidade de rapidez no atendimento, porém fazem algo melhor na medida em que distinguem categorias de agravo e ajudam definir os padrões de conduta.
"Artigo 2º - A equipe médica do Pronto Socorro deverá, em regime de plantão no local, ser constituída, no mínimo, por profissionais das seguintes áreas:
- Anestesiologia;
- Clínica Médica;
- Pediatria;
- Cirurgia Geral;
- Ortopedia.
Artigo 3º - A sala de emergência deverá, obrigatoriamente, estar equipada com:
- Material para reanimação e manutenção cardio-respiratória;
- Material para oxigenação e aspiração;
- Material para procedimentos de urgência.
Artigo 4º - Os recursos técnicos mínimos disponíveis, em funcionamento ininterrupto, para o Pronto Socorro, deverão ser:
- Radiologia;
- Laboratório de análises clínicas;
- Centro cirúrgico;
- Unidade de terapia intensiva;
- Unidade transfusional;
- Farmácia básica para urgência;
- Unidade de transporte equipado."

quinta-feira, 1 de março de 2012

Finalmente foi redelineado o novo site da BVECCS, vamos entrar contribuir e nos associar!